O presidente do fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal (Funcef), Guilherme Lacerda, ameaçou entrar na Justiça contra o relatório final da CPI dos Correios para preservar a instituição. Depois de participar de uma audiência na comissão de infra-estrutura do Senado, da qual também participou o presidente da CPI dos Correios, senador Delcidio Amaral (PT-MS), Lacerda disse ser contra o indiciamento do diretor financeiro do fundo, Demósthenes Marques, já anunciado pela CPI. Ele foi posto sob suspeita por causa das operações da fundação com o Banco Santos. Com a quebra da instituição, segundo dados da CPI, a Funcef perdeu um investimento de R$ 10 milhões em papéis do banco.
- Fizemos explicações objetivas e claras sobre a nossa gestão. Não temos nenhuma apreensão em relação ao relatório e, se colocarem algo com o qual não concordemos, vamos tomar as medidas legais cabíveis para preservar a instituição - afirmou Lacerda, que lembrou ter estado por três vezes no Congresso para dar explicações sobre o assunto nas CPIs do Mensalão, dos Correios e numa audiência pública convocada pelo petista Paulo Rubem Santiago (PE).
- Quem não deve não teme. Estamos terminando o terceiro ano de nossa gestão com um resultado superavitário e não fizemos operações temerárias. Não podemos aceitar que nos coloquem nestas condições. Mas estou certo que o equilibrio vai prevalecer. Ele explicou ainda o negócio com os papéis do Santos e argumentou que a operação foi feita por um fundo terceirizado.
- Não temos bola de cristal para saber que o Santos iria quebrar. Dezenas de fundos tinham dinheiro investido lá. Foi feito por um fundo terceirizado para o qual não demos ordem nenhuma de compra - afirmou. Depois de participar da audiência, Delcidio negou ter ouvido apelos dos fundos em relação ao relatório:
- A mim não fizeram nenhum apelo. Não tenho conhecimento disso. Estava discutindo os investimentos feitos em ferrovias.
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