O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), negou nesta terça-feira (16) que sua candidatura à presidência da Casa esteja sendo usada pelo partido para pressionar o senador Tião Viana (PT-AC) e para que o PMDB ganhe tempo para convencer José Sarney (MA) a também concorrer ao cargo. Garibaldi reafirmou sua decisão, e o partido deve oficializar ainda nesta semana a candidatura do parlamentar.

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"Não sou bucha de canhão. Não sou instrumento de ninguém, eleição não é brincadeira, e não vejo ninguém no partido querendo conduzir isso dessa maneira. Acredito nos companheiros do partido. Acredito que todos estão levando tudo isso a sério", disse. "Ele [Sarney] está decidido a me apoiar. Mas, se amanhã ele disser que é candidato, eu deixarei de ser pré-candidato para apoiar a candidatura dele", completou.

Garibaldi afirmou que o parecer do ex-ministro Francisco Rezeck dá subsídios para que ele possa concorrer às eleições em fevereiro. O Regimento Interno do Senado proíbe a reeleição para cargos da Mesa Diretora dentro de uma mesma legislatura, mas o parecer de Rezeck, segundo Garibaldi, garante que a candidatura dele não pode ser considerada eleição, pois assumiu a presidência ano passado num "mandato tampão", depois da renúncia do então presidente, Renan Calheiros (PMDB-AL).

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O imbróglio pode parar no Supremo Tribunal Federal. A líder do PT, senadora Ideli Salvatti (SC), promete recorrer caso Garibaldi realmente se candidate à presidência. "É direito dela [Ideli Salvatti]. Mas acho que deveríamos decidir na eleição e não no tapetão", retrucou.

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