Por doze votos a dois, a Executiva do PMDB decidiu que será necessária a presença de 50% mais um dos 528 convencionais - 265 - para abrir a convenção extraordinária deste sábado. Para derrubar a tese da candidatura própria será preciso o voto da maioria simples dos presentes. A decisão representa uma derrota para o ex-governador Anthony Garotinho, que insistia que seriam necessários 2/3 dos 726 votos para revogar a decisão da convenção de dezembro, que decidiu pela candidatura própria. O grupo contrário à candidatura própria usou como argumento o artigo 28 do estatuto.
Aliado de Garotinho, o deputado Eduardo Cunha (RJ) já avisou que vai recorrer à Justiça contra a decisão.
- A Executiva não pode mudar a convenção de 2004. É uma afronta à decisão e vamos recorrer à Justiça - disse.
O presidente do partido, Michel Temer, reconheceu que haverá uma disputa judicial em torno da decisão, e voltou a lembrar que a convenção que decidirá como o partido se comportará nas eleições de outubro será a de 10 de junho.
- A Executiva decidiu que a decisão se dará por maioria simples dos presentes. Eu registrei que, assim como na outra, essa convenção é meramente indicativa. A convenção que regulamentará as regras para este ano é a que fizermos em 10 de junho.
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