A GDK Engenharia, empresa que presta serviços à Petrobras e teria dado de presente uma caminhonete Land Rover ao ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira, doou R$ 2,450 milhões a candidatos nas eleições de 2002, segundo declaração dos partidos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O então candidato do PPS a presidente Ciro Gomes, hoje ministro da Integração Nacional, recebeu a maior doação, no valor de R$ 700 mil. Em segundo lugar, aparece o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), com R$ 600 mil. A candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu apenas R$ 100 mil, menos do que os R$ 340 mil repassados à candidatura do governador do Ceará, Lúcio Alcântara (PSDB).
Os dados constam na página do TSE na internet e mostram que a GDK apoiou um leque variado de candidatos. Foram beneficiados oito partidos, do PT ao PFL, passando por PSDB, PTB, PMDB, PDT, PV e PPS, em cinco estados: Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Ceará e Pernambuco.
Além de Aécio Neves e Lúcio Alcântara, o comitê financeiro do então candidato Jarbas Vasconcelos (PMDB), eleito governador de Pernambuco, ganhou R$ 60 mil. Na Bahia, onde fica a sede da GDK, o comitê financeiro único do PT recebeu R$ 225 mil, mas não há especificação se o dinheiro foi usado para a campanha ao governo estadual. O candidato a governador vitorioso na Bahia, Paulo Souto (PFL), também recebeu auxílio da empresa: R$ 100 mil.
A GDK destinou recursos a candidatos a senador e deputado federal e estadual. O comitê do PSDB para a eleição de senador recebeu R$ 60 mil, enquanto o ex-vice-presidente da República Marco Maciel (PFL-PE) contou com ajuda de R$ 100 mil. Já os candidatos a deputado federal José Roberto Batochio (PDT-SP) e Leur Antonio de Britto Lomanto (PMDB-BA) receberam R$ 50 mil cada. O candidato a deputado federal Joaquim Francisco recebeu R$ 40 mil. Ele foi eleito pelo PFL e hoje faz parte do PTB. O candidato a deputado estadual pelo PV José Levi (PV-SP) ganhou R$ 10 mil.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião