André Vargas deve voltar à Câmara após a Páscoa
Acusado de manter relações próximas com o doleiro Alberto Yousseff, o deputado licenciado André Vargas (PT-PR) deve retornar à Câmara após a Semana Santa
A senadora Gleisi Hoffmann (PT) descartou, na manhã desta sexta-feira (11), que os problemas envolvendo o colega de partido e deputado federal André Vargas causem impactos em sua provável candidatura ao governo do Paraná. Na disputa, Gleisi deve enfrentar o atual governador e candidato à reeleição, Beto Richa (PSDB). As declarações foram dadas em uma visita da senador ao municípios de Pinhais, dirigido pelo colega de partido Luizão Goulart, na região metropolitana de Curitiba.
Gleisi falou sobre as denúncias de envolvimento entre Vargas e o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato da Polícia Federal, mas evitou defender o colega. Ela disse que a Câmara dos Deputados e o PT vão usar instrumentos internos para investigar o político. "Não me cabe fazer absolvições. A Câmara e o partido têm que fazer as averiguações, e cabe a ele responder a esses fatos".
Ela considera que a repercussão do fato não atingirá diretamente a campanha eleitoral. "Ainda estamos longe da campanha, temos a Copa do Mundo pela frente. Então, acho que não haverá prejuízo. Mas é claro que as acusações criam uma situação ruim para o partido, é mais uma pessoa envolvida", aponta. Ela garante que o grupo está sereno e vai aguardar as explicações do deputado.
Empréstimos ao Paraná
A senadora também falou sobre a liberação de empréstimos para o Paraná. Na quinta (10), decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, concedeu liminar para barrar o último entreva aos empréstimos. A ordem suspende as restrições impostas pela União ao governo do Paraná pelo descumprimento do limite legal de 12% dos gastos com saúde em 2013 e garante que financiamentos que somam R$ 2,3 bilhões cheguem ao estado.
"Eu sempre fui favorável à liberação desses valores, mas, antes, não houve condições técnicas. Agora, acredito que, no mais tardar até a semana que vem, o dinheiro deve ser liberado".
CPI da Petrobras
Outro assunto que repercute em Brasília e foi comentado por Gleisi é a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Petrobras. Nas últimas semanas, parlamentares oposicionistas e da base do governo travam um embate sobre quais fatos devem ser investigados.
Gleisi afirma que é importante que a investigação aconteça, independente do formato. "Temos de esperar a manifestação do Judiciário sobre a legalidade dos pedidos e também a votação no Congresso. O que importa é que os assuntos sejam esclarecidos".
A oposição protocolou pedido de instalação de CPI para investigar as denúncias sobre irregularidades na Petrobras, entre elas a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. A situação apresentou novo pedido, no qual, além da Petrobras, seriam investigadas as obras do metrô de São Paulo e as atividades no Porto de Suape, em Pernambuco. Essa proposta de uma CPI mais ampla foi a vitoriosa na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e deve ser votada em plenário na próxima terça-feira. As duas propostas foram questionadas no STF.
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