A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) teve o nome novamente vinculado à Operação Lava Jato. Desta vez, o nome da parlamentar paranaense aparece na “bombástica” delação do empreiteiro Marcelo Odebrecht. De acordo com a revista IstoÉ , Gleisi teria recebido R$ 4 milhões da empreiteira para sanar dívidas da campanha ao governo do Paraná em 2014. Segundo a reportagem, o pagamento teria sido feito a pedido da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), durante o segundo turno das eleições presidenciais.
De acordo com a revista, Odebrecht disse em delação que Gleisi teria pedido socorro financeiro à Dilma por conta da dívida que fez durante a campanha ao governo do estado, já que o Partido dos Trabalhadores teria se recusado a ajudá-la para investir em candidatos competitivos, com chance de ir para o segundo turno. Gleisi teria então solicitado ajuda diretamente à presidente para pagar as dívidas - entre elas, uma fatura com o marqueteiro responsável pela campanha.
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Leia a matéria completaDilma teria entrado em contato com o tesoureiro da campanha dela à Presidência, Edinho Silva, que conversou com Fernando Migliaccio, executivo responsável pelo setor de Operações Estruturadas empreiteira - também conhecido como o “setor de propinas”, de acordo com os investigadores da Lava Jato. Com autorização de Marcelo Odebrecht, Migliaccio teria marcado então um encontro entre um sócio do marqueteiro da campanha da senadora e Leones Dall’Agnol, chefe do gabinete de Gleisi, no escritório da empreiteira em São Paulo, onde foi acordado o pagamento de R$ 4 milhões, que não teriam sido incluídos na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ainda de acordo com a revista IstoÉ, Marcelo Odebrecht deverá dar detalhes sobre essa e outras operações aos investigadores da força-tarefa da Lava Jato nos próximos dias.
Segunda aparição
A senadora Gleisi Hoffmann é ré em uma ação penal da Lava Jato por suspeita de receber ilegalmente R$ 1 milhão para sua campanha ao Senado em 2010. A ação corre no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a Procuradoria Geral da República, o dinheiro seria originário da Petrobras e foram entregues a mando do doleiro Alberto Yousseff.
Outro lado
Por meio de sua assessoria de imprensa, Gleisi Hoffmann afirmou que não se pronunciará sobre matérias publicadas que se baseiam exclusivamente em vazamento de informações.
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