O governador em exercício do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM), encaminhou uma carta na manhã desta sexta-feira (12) para a executiva do Democratas do DF informando seu afastamento da presidência regional do partido.

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Paulo Octávio assumiu o governo após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar o afastamento e a prisão de José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), nesta quinta-feira (11). Arruda é acusado de comandar um suposto esquema de pagamento de propina a aliados, que ficou conhecido como mensalão do DEM. Sua prisão foi decretada devido a uma suposta tentativa de suborno a uma testemunha do caso.

Segundo a carta, Paulo Octávio tomou a decisão para "ter maior liberdade de interagir com as legendas do Distrito Federal. Estou certo de que agindo assim permito ao Partido maior autonomia e ao mesmo tempo, repito, abro a possibilidade de diálogo com toda a classe política do Distrito Federal, sem o viés partidário," explicou.

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Menos de 24 horas após Paulo Octávio assumir o cargo, a Câmara Legislativa já recebeu quatro pedidos de impeachment do governador interino do DF. O documento enviado por Paulo Octávio foi recebido pelo secretário-geral da legenda, Flávio Couri, e será encaminhada à executiva nacional na próxima quinta-feira (18).

Suborno

Na quarta-feira (3), o funcionário aposentado da Companhia Energética de Brasília (CEB) Antonio Bento da Silva, suposto emissário do governador Arruda, foi preso em flagrante pela Polícia Federal ao tentar subornar Edson Sombra.

Em depoimento à PF, Sombra disse que Arruda, através do intermediário, teria proposto R$ 1 milhão, uma conta garantida no Banco de Brasília, e verbas para o jornal do qual é dono, em troca de apoio para prejudicar a Operação Caixa de Pandora, que investiga o suposto esquema de corrupção no DF.

Bento confirmou à PF que entregou dinheiro a Sombra. No entanto, ele disse que a articulação foi feita por Rodrigo Arantes, sobrinho e secretário particular do governador.

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Os vídeos gravados por Sombra revelam a negociação de valores a serem pagos em troca de um documento no qual o jornalista afirmaria serem falsas as imagens divulgadas por Durval Barbosa, que mostram o governador, membros do governo e deputados distritais recebendo maços de dinheiro.