No atual cenário de crise econômica, governadores de oposição sinalizaram nesta terça-feira (28) apoio à posição do governo federal contrária à aprovação pelo Congresso Nacional de propostas que possam aumentar os gastos da máquina pública.
Na próxima quinta-feira (30), a presidente Dilma Rousseff (PT) se reunirá com chefes estaduais para pedir que eles atuem em suas bancadas no Senado federal e na Câmara dos Deputados para impedir que as chamadas “pautas-bomba” sejam aprovadas.
O Palácio do Planalto tem demonstrado preocupação na aprovação de medidas como a a mudança da correção dos recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e a queda do veto presidencial em relação ao reajuste salarial do Poder Judiciário.
Para o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), a pauta do Congresso Nacional deve ser comum e não pode desencadear desequilíbrios nas contas federais e estaduais. “Há algumas pautas que impõem despesas e comprometimentos sem previsão de receita, o que tem desencadeado uma série de desequilíbrios. Eu acho que essa pauta deve ser comum, servindo à União e aos Estados”, disse. O tucano lembrou que já foi pedido ao Senado Federal e à Câmara dos Deputados que evitem aprovar despesas estaduais sem a devida previsão de receita.
Em direção parecida, o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), lembrou que os governadores de oposição também têm responsabilidade de atuar no atual momento de crise econômica. “A crise não interessa a ninguém. Nós temos de ser responsáveis o suficiente para entender o quanto isso está prejudicando o país e, consequentemente, todas as unidades da federação, tanto governos de oposição como de situação”, afirmou.
Os governadores tucanos participaram nesta terça-feira (28) da abertura do Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura, na capital paulista. Os dois disseram que participarão do encontro com a presidente, em Brasília.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), também deve estar presente na reunião. Segundo ele, os governos estaduais e federal têm o dever, neste momento, de não permitir que a crise corroa o emprego no país.
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