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Após quase dois meses de indefinição, a base do governo no Senado aceitou dar quórum para instalar a CPI da Petrobras na semana que vem.

A decisão foi formalizada durante reunião nesta quinta-feira (9) dos partidos que apóiam o Executivo.

"O presidente (do Senado) José Sarney convocou a instalação da CPI da Petrobras para a próxima terça-feira", disse a jornalistas o líder do governo na Casa, senador Romero Jucá (PMDB-RR).

A pressão da oposição --que ameaçou recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir o início das investigações-- e a crise política que atinge o Senado contribuíram para a mudança de posicionamento do governo.

Apesar disso, os partidos aliados controlarão o rumo do inquérito. Com o PMDB, o governo tem maioria na CPI --possui oito dos 11 membros.

"O governo deverá ficar com a presidência e a relatoria da CPI", enfatizou Jucá.

Foi exatamente por conta dessa maioria numérica que a comissão parlamentar de inquérito foi protelada por quase 60 dias. Criada na metade de maio por uma manobra oposicionista, as legendas de sustentação do Planalto, contrárias à CPI na véspera de ano eleitoral, se recusaram a dar o quórum necessário para abrir as investigações.

Na noite passada, a cúpula do PMDB, partido de Sarney e com o maior número de cadeiras no Congresso, considerou que o STF obrigaria a instalação da CPI.

Mesmo agendado para ter início na semana que vem, o trabalho da CPI só deve começar de fato em agosto. O recesso parlamentar vai de 18 a 31 de julho.

Crise Sarney na CPI

Para o PMDB, a CPI pode tirar Sarney do foco da crise. Mas se depender de setores da oposição, parte da crise será objeto da investigação política criada para apurar supostas irregularidades na estatal petrolífera.

PSDB e DEM querem incluir algumas das denúncias contra José Sarney no escopo da comissão. De acordo com reportagem do jornal Estado de S.Paulo, a Fundação José Sarney --criada para preservar a memória do ex-presidente da República-- teria desviado recursos da Petrobras.

"Não tem como não investigar isso", disse o líder do DEM, senador José Agripino (RN).

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