O governo do estado avançou em ações para dar mais transparência à administração pública neste ano. Colocou no site da Secretaria Estadual da Administração o nome de todos os servidores comissionados (de indicação política), o cargo que ocupam e o local em que trabalham. A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) foi adiante e, além de divulgar a relação dos servidores, também publicou na internet o salário dos funcionários.
Já na Assembléia, a relação dos funcionários efetivos e comissionados não é divulgada. A Gazeta do Povo, neste ano, chegou a solicitá-la formalmente, por meio de protocolo à Mesa Executiva do Legislativo. Mas a Assembléia se negou a divulgar quem são seus servidores.
A decisão da Casa contraria, inclusive, a Constituição do Paraná, que prevê, em seu artigo 234, a obrigação de o poder público estadual a publicar "anualmente, no mês de março, a relação completa dos servidores", o órgão ou entidade em que os servidores trabalham, o cargo ou função que ocupam e o local de seu exercício. Segundo o texto constitucional, o objetivo da divulgação é o "recenseamento e controle" da administração pública estadual.
Além disso, algumas ações de transparência prometidas pelo atual presidente do Legislativo, Nelson Justus (DEM), ainda não foram efetivadas. O cartão-ponto para controle de freqüência dos funcionários não foi implementado e não há nenhum projeto para que venha a ser instituído. A TV Assembléia, para transmissão ao vivo das sessões, o que poderia permitir à população acompanhar de forma mais efetiva o processo legislativo, está em processo mais adiantado de implantação. Deve entrar no ar em dezembro.
Já o painel eletrônico para controle de freqüência e da forma como cada deputado votou nas sessões, deve demorar mais. A presidência do Legislativo quer aproveitar o recesso parlamentar para instalar o sistema, que também estará interligado aos gabinetes. A licitação para a escolha da empresa que venderá e instalará o painel deve ser feita ainda este ano.
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