Henrique Meirelles gravou pronunciamento antes de embarcar para os Estados Unidos, onde participará da reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI).| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Numa ação pouco usual para a equipe econômica, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, fará nesta quinta-feira (6), às 20 horas, um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão em defesa da aprovação da proposta de criação do teto do gasto.

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Durante três minutos, Meirelles vai explicar para a população o que é a Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que cria o limitador do crescimento das despesas do governo, e que ela é a peça fundamental do governo Michel Temer para conseguir a recuperação da contas públicas e a retomada do crescimento econômico.

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Na gravação, o ministro usa uma linguagem simples e direta. A ideia foi que ele usasse na gravação um tom mais próximo do cotidiano para fazer com que as pessoas entendam a proposta, que é bastante técnica e complexa.

Além de explicar o que é o teto, Meirelles vai defender a sua aprovação pelo Congresso Nacional como a “saída da crise” e o caminho necessário para a recuperação dos 12 milhões de empregos perdidos no país.

O foco do discurso do governo é relacionar o aumento do desemprego com o desequilíbrio das contas públicas.

A gravação foi feita antes de o ministro embarcar para os Estados Unidos, onde participará da reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI). O pronunciamento faz parte de uma ofensiva iniciada pelo governo nesta semana para conseguir a aprovação da PEC no plenário da Câmara dos Deputados e que inclui campanha publicitária nos principais veículos de informação do país.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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PEC já tem apoio de 266 deputados

O governo já conta com o apoio de pelo menos 266 deputados, dos 308 necessários, para a aprovação da PEC do Teto.

Sete partidos da base aliada fecharam questão pela aprovação do texto no plenário da Casa, cuja votação em primeiro turno está prevista para a próxima segunda-feira. Na última terça-feira (4), o PSDB – com 50 parlamentares – já havia decidido por unanimidade votar a favor da proposta. Nesta quarta-feira, o PMDB (67 deputados), o PP (47), o PR (42), o PSD (35), o PTB (18) e o PSC (7) também fecharam questão.

Isso significa que todos os parlamentares dessas legendas que comparecerem à Câmara nos dias de votação da PEC – que precisa ser aprovada em dois turnos – devem seguir o governo. Caso contrário, estarão sujeitos a punição do partido.

Havia ainda a expectativa de que o DEM (27 deputados) e o Solidariedade (14) também fechassem questão. O PSB não deve fechar questão, porque parte da bancada discorda do projeto. Ainda assim, o líder do partido, Paulo Foletto (ES), acredita que até 75% dos seus liderados devem votar com o governo.

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A perspectiva positiva sobre o andamento da PEC contribuiu para o bom humor no mercado financeiro. Embalado também pela alta do petróleo, o Ibovespa fechou no patamar de 60 mil pontos, nível mais alto em dois anos. O dólar recuou mais de 1% frente ao real, para R$ 3,22. O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, disse que a PEC, “só de ser falada, já gerou expectativas positivas ao país”.