O vice-presidente eleito e presidente nacional do PMDB, Michel Temer (SP), e o futuro ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, receberam nesta terça-feira (7) o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o ex-deputado federal Sigmaringa Soares (PT-DF) e a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP).

CARREGANDO :)

Temer e Cardozo são coordenadores do governo de transição de Dilma Rousseff, e se reuniram os políticos em momentos distintos no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede da transição em Brasília. Apenas Calheiros falou à imprensa ao sair. Ele afirmou que Dilma está "processando" a composição dos ministérios e comentou sobre a indicação do PMDB para a presidência do Senado. "O candidato é o [José] Sarney, que é uma solução natural, que evita atrito", disse.

Michel Temer almoçou com a presidente eleita nesta terça, antes de ir à sede do governo de transição. Os dois discutiram a participação do partido no futuro governo. O PMDB quer cinco ministérios, mas pode acabar com quatro, já que a possível permanência do ministro da Defesa, Nelson Jobim, na pasta é considerada pela sigla como uma indicação da "cota pessoal" de Dilma.

Publicidade

No momento em que Temer entrou na Granja do Torto, residência da presidente no período de transição, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, deixou o local, às 13h05. Ele também esteve reunido com Dilma. Rossi é cotado a permanecer no Ministério da Agricultura. A expectativa é de que Dilma anuncie no final desta semana um bloco maior de ministros, inclusive os ministérios que serão ocupados por peemedebistas.

Mais cedo, Dilma havia se reunido com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que também fará parte do futuro governo. Na segunda (6), Mantega anunciou que o governo Dilma terá um ajuste fiscal que abrangerá todos os ministérios. Segundo ele, o Ministério do Planejamento está elaborando com o Tesouro um corte de custeio do governo a partir de 2011. Ficarão de fora apenas os projetos prioritários, como o Bolsa Família, mas projetos do PAC terão diminuição "no ritmo".

Segundo Mantega, os cortes ocorrerão sobre iniciativas em andamento e também sobre novos projetos que significariam aumentos de despesas. Ele citou como exemplo a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 300, que eleva os gastos da União e dos Estados, e o aumento do salário mínimo, cujo patamar no próximo ano não ultrapassará R$ 540.