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O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, informou nesta sexta-feira que o governo pretende utilizar as linhas de fibra ótica de empresas de energia e de estatais, como a Petrobras, para garantir o Plano Nacional de Banda Larga. "Evidentemente vamos ter de remunerar as empresas. Se a rede for construída com recursos próprios, elas vão querer uma remuneração para essa rede. Vamos ter que discutir isso também", disse o ministro, em entrevista no Palácio do Planalto, após reunião com a presidente Dilma Rousseff.

Bernardo afirmou que o governo tentará fechar um convênio para que a Telebrás opere a rede de fibra ótica, composta por linhas das empresas estimadas em 30 mil quilômetros. Ele informou que o governo trabalha com a meta de garantir uma tarifa diferenciada de R$ 30 para os usuários de baixa renda. "Existem setores da classe média que reclamam, mas pagam uma tarifa de cerca de R$ 100. Mas outros não têm condições de pagar", disse ele, que admitiu ainda a possibilidade de uma tarifa subsidiada: "se precisar, vamos fazer isso".

Bernardo afirmou que na próxima semana abrirá uma série de discussões com empresas, organizações da área de acesso digital e governadores para discutir o Plano Nacional de Banda Larga, que ele pretende apresentar à presidente Dilma até o final de abril. Com os governadores, o ministro tentará uma redução no ICMS para um custo mais barato do programa.

O ministro disse que na conversa desta sexta com Dilma ficou claro que a prioridade do governo na área das comunicações é o Plano Nacional de Banda Larga. "Temos de dar prioridade à questão da banda larga", afirmou. "Existe uma classe média cada vez mais numerosa e as pessoas estão cada vez mais sedentas por informação. Até o mês de abril vamos chegar a um termo de acordo."

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