A Câmara dos Deputados rejeitou nesta quarta-feira (6) o pedido de urgência do presidente interino Michel Temer para o projeto que trata do acordo sobre a dívida dos Estados com a União.
A pedido de urgência teve 253 votos favoráveis. Eram necessários 257. Houve ainda 131 votos contrários e duas abstenções.
Houve dissidências, por exemplo, no PMDB, partido do presidente interino. Além disso, contribuíram para a derrota, a primeira de Temer no plenário da Câmara desde que assumiu, pressões da bancada do Nordeste, maior discordante do texto das dívidas.
Entre os líderes de partidos da base, todos pediram aos seus deputados que votassem sim, com exceção do Solidariedade, que liberou a bancada para votar como quisesse.
Alguns parlamentares afirmaram que o segundo vice-presidente da mesa da Câmara, deputado Giacobo (PR-PR), que comandou a sessão, encerrou a votação com um quórum considerado baixo, algo que o presidente afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) não costumava fazer. O pedido, contudo, partiu do líder do governo na Casa, André Moura (PSC-SE).
A nova versão do projeto, apresentado originalmente pela presidente afastada Dilma Rousseff, foi divulgada nesta quarta-feira (6) pelo deputado Esperidião Amin (PP-SC), relator da matéria.
O texto é fruto do acordo fechado no dia 20 de junho e que teve o aval do STF (Supremo Tribunal Federal) na última sexta-feira (1º).
Apesar do acordo, alguns governadores têm manifestado descontentamento com o que foi definido. Governadores do Nordeste, por exemplo, cobram a reposição de receitas perdidas por causa da queda na arrecadação.
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