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O governador Roberto Requião disse ontem que prevaleceu "a visão solidária da sociedade" na Assembléia. O salário mínimo estadual será aplicado a categorias que não têm dissídio ou acordo coletivo de trabalho. O economista Cid Cordeiro Silva, supervisor técnico do Dieese, afirma que o reajuste salarial não deve ter impacto negativo, como alega o setor produtivo, que teme que o aumento pode provocar demissões e incentivar a informalidade . "Eles estão superestimando os impactos do novo piso regional, que já foi adotado pelo Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Nesses dois estados não tivemos onda de demissões e nem fechamento de empresas", disse Cordeiro.

Para o presidente da Nova Central de Trabalhadores do Estado do Paraná (NCST), Epitácio Antônio dos Santos, o salário mínimo regional é a melhor forma de distribuir a renda no estado. "A aprovação deste projeto é um anseio de todos os trabalhadores do Paraná", disse. O presidente da Força Sindical, Sérgio Butka, também comemorou a aprovação. "Nosso estado tem as maiores desigualdades sociais dos três estados do Sul."

O delegado regional do Trabalho, Geraldo Serathiuk, disse que Paraná tem "plenas condições" de absorver o salário mínimo regional. "O estado está tendo uma expansão de crédito de bancos públicos e privados de R$ 12 bilhões nos últimos três anos", afirmou. "Não é verdadeira a afirmação de que não estamos preparados para o piso regional."

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