O governo federal abriu investigação oficial para apurar supostas movimentações bancárias do senador goiano Marconi Perillo (PSDB) no exterior. O tucano é inimigo político declarado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com os papéis em poder do governo, as movimentações teriam ocorrido em bancos da Suíça e dos Estados Unidos e em paraísos fiscais do Caribe.
Formalmente, a investigação teve início no dia 12 de março, quando começou a tramitar no Departamento de Recuperação de Ativos (DRCI) do Ministério da Justiça um processo destinado a mapear a existência das contas. Antes de chegar ao ministério, os documentos que dão base à investigação passaram pelo Palácio do Planalto - mais precisamente, pelas mãos de Gilberto Carvalho chefe de gabinete de Lula.
Vice-presidente do Senado, Perillo nega possuir contas no exterior. Na segunda-feira (12), em meio a rumores sobre a existência de um dossiê com informações sobre contas bancárias abertas em seu nome em paraísos fiscais, o parlamentar foi ao Ministério da Justiça pedir investigação sobre a origem dos papéis, que diz serem "falsos". Não sabia ele que, um mês antes, os documentos já haviam chegado ao ministério e dado origem a um procedimento formal - não para investigar sua veracidade, mas seu conteúdo.
Perillo tornou-se desafeto do Planalto após o escândalo do mensalão, quando disse ter alertado pessoalmente o presidente sobre os pagamentos a parlamentares da base aliada no Congresso em troca de apoio a projetos do governo. Comprovar a existência das contas poderia significar um tiro de morte nas pretensões políticas do tucano, pré-candidato a governador em Goiás.
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Após críticas, Randolfe retira projeto para barrar avanço da direita no Senado em 2026
Novo decreto de armas de Lula terá poucas mudanças e frustra setor
Brasil cai em ranking global de competitividade no primeiro ano de Lula
Deixe sua opinião