O governo vai mobilizar a base aliada para votar no início da semana que vem a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e as medidas provisórias que concedem os benefícios do programa Brasil Maior.
"A base vai ter de se mobilizar para dar quorum. O momento é grave, mas importante", disse o vice-líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).
Desde terça-feira (10), a oposição se aliou a partidos independentes como o PR e obstruiu todas as votações da LDO e das MPs. O motivo é a diferença no atendimento de emendas parlamentares entre a base e a oposição. O impasse na liberação de emendas para parlamentares da oposição tem impedido o fechamento de um acordo que permita a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias e cinco medidas provisórias: três na Câmara e duas no Senado.
A falta de acordo se manteve nesta quinta, o que motivou o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), a agendar sessões para segunda e terça-feira. Sem votar a LDO, o Congresso não pode entrar em recesso, que está marcado para começar na quarta-feira, dia 18.
"Tenho a expectativa e convicção de que até terça a base virá para garantir quorum e votações, mesmo sem acordo", afirmou. Maia disse aos parlamentares que as faltas poderão ser descontadas da folha de pagamento.
O presidente da Comissão Mista do Orçamento, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), suspendeu a sessão por falta de quorum e por não haver acordo com a oposição para votar a LDO.
"A gente tem situação delicada com algumas MPs que têm repercussão importante para o país. Porque sem votar a LDO, o prazo para as MPs começa a contar", disse.
O coordenador do DEM na comissão, deputado Felipe Maia (RN), afirmou que a falta de acordo permanece diante da escassez de recursos do governo liberados para emendas de parlamentares da sigla. Segundo Maia, o acordo fechado com o governo para a liberação de R$ 2,5 milhões para emendas da oposição não foi cumprido.
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