Ao longo dos 13 anos em que o Partido dos Trabalhadores esteve no poder, muitos nomes considerados apostas da sigla acabaram se perdendo no caminho.
Somente no governo Dilma, nos últimos cinco anos, pelo menos seis nomes acabaram envolvidos em escândalos de corrupção. Dois deles foram presos e outros dois são investigados na Lava Jato. Além deles, dois foram pelo menos citados por delatores. Confira:
André Vargas
O deputado federal paranaense era a grande aposta do PT para a presidência da Câmara, mas nem chegou a concluir o mandato em 2014. Ao ver descoberto seu envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, Vargas teve um processo de cassação aberto no Conselho de Ética da Câmara. De vice-presidente da Câmara dos Deputados, Vargas levou menos de um ano para ser preso e condenado na Lava Jato pelo juiz federal Sergio Moro. A pena é de 14 anos e 4 meses de prisão em regime fechado.
Delcídio do Amaral
O ex-senador era líder do governo no Senado, mas acabou fazendo história como o primeiro senador no exercício do mandato a ser preso. A Polícia Federal prendeu Delcídio em uma operação da Lava Jato, acusando o ex-senador de tentar atrapalhar a negociação do acordo de colaboração premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, além de elaborar um plano de fuga para o ex-diretor. Delcídio acabou firmando ele mesmo um acordo de colaboração premiada e terminou cassado pelos colegas na última terça-feira (10).
Gleisi Hoffmann
A senadora paranaense e ex-ministra da Casa Civil é investigada na Lava Jato por receber R$ 1 milhão do esquema da Petrobras para a sua campanha em 2010. Apesar do envolvimento do nome de Gleisi na Lava Jato, ela não perdeu o apoio do PT e continua com certo prestígio dentro do partido.
Antonio Palocci
Foi o primeiro ministro da Casa Civil de Dilma. Depois de denúncias de enriquecimento ilícito, Palocci deixa o ministério cerca de seis meses depois de assumir o cargo. No ano passado, a PF abriu um inquérito para investigar Palocci pelo recebimento de R$ 2 milhões para a campanha de Dilma em 2010.
Ideli Salvati
Próxima de Dilma, Ideli foi ministra das Relações Institucionais, da Pesca e dos Direitos Humanos. Teve o nome citado pelo doleiro e delator Alberto Youssef na CPI da Petrobras. Youssef contou que quando houve um racha no PP em relação ao esquema na Petrobras, a situação foi parar no Planalto. Um dos nomes citados pelo doleiro como contato no Planalto foi a ministra Ideli Salvati. Até o momento, a Lava Jato não confirma investigação sobre Ideli.
Gilberto Carvalho
Foi secretário geral da Presidência no início do governo Dilma. Carvalho já havia sido citado no caso do assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel, acusado de ter participação no crime. Também foi citado por Youssef na CPI da Petrobras como contato no Planalto depois do racha do PP em relação ao esquema na Petrobras. Até o momento, a Lava Jato não confirma investigação sobre Carvalho.
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