A reunião que será realizada às 20 horas desta terça-feira (2), entre o Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Nacional de Cargos da Polícia Federal (Sinpec-PF) e o Ministério do Planejamento, em Brasília, pode acabar com a greve dos servidores administrativos da Polícia Federal (PF). A paralisação completa uma semana na terça-feira (2).
Os servidores reivindicam a reestruturação Plano Especial de Cargos da PF e um concurso, para o próximo ano, para a contratação de três mil novos servidores para o Brasil inteiro. A categoria é responsável por atividades nas áreas administrativas, financeira, de recursos humanos e de emissão de passaportes. São funcionários contratados por meio de concurso público, em nível médio e superior.
Na reunião de terça-feira, os grevistas esperam que o governo apresente a proposta de reestruturação da carreira, em cumprimento ao Termo de Compromisso firmado pelo Executivo com todas as classes da Polícia Federal. Mas que, de acordo com o sindicato, até agora somente a carreira de policial federal foi beneficiada.
De acordo com a representante sindical do Sinpec-PF no Paraná, Carmem Kappout, foi realizada uma reunião nesta segunda-feira (1º) em Brasília, entre o sindicato e o Ministério do Planejamento. "O governo não apresentou nenhuma proposta de reestruturação da carreira, então decidimos continuar com a greve por tempo indeterminado", afirmou Carmem.
Segundo a representante sindical, na reunião o governo tentou dissuadir os grevistas da paralisação. "Eles (governo) perceberam que queremos algo de concreto. Amanhã (terça) será feita uma nova reunião de negociação e enquanto não houver uma proposta vamos continuar parados", explicou.
Estado
No Paraná os servidores mantêm 30% do efetivo trabalhando em regime de escala. No estado inteiro são 80 funcionários, somente em Curitiba o número chega a 56 servidores. Segundo Carmem, o setor de passaportes em Curitiba não foi afetado, porque os dois servidores responsáveis pelo setor não aderiram à greve e existem outros funcionários contratados na área.
Nos demais setores, o atendimento não está 100%, porque há o regime de escala. Os setores administrativo, financeiro, recursos humanos, informática, transportes e logística, protocolo, produtos químicos e vigilância privada estão com o desempenho afetado pela greve.
Além de Curitiba, as delegacias de Foz do Iguaçu, Cascavel e Guaíra (Oeste), Guarapuava (Centro), Maringá (Noroeste), Londrina (Norte) e Paranaguá (Litoral) também enfrentam greve dos servidores administrativos da PF.
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