Manifestantes pró e anti-Lula entraram em confronto em frente ao Fórum Criminal da Barra Funda, na manhã desta quarta-feira (17), em São Paulo. Com xingamentos, os dois grupos se enfrentam, atiram pedras, ovos e até frutas. Uma mulher, ainda não identificada, foi atingida por uma pedra na cabeça. A Polícia Militar esteve no local e a manifestação terminou perto das 13h30.
Apesar da suspensão do depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aconteceria nesta quarta-feira, grupos favoráveis e contrários fizeram manifestações em frente ao Fórum Criminal da Barra Funda, na capital paulista. Surpreendidos pela decisão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que deferiu pedido liminar para suspensão do depoimento de Lula e da mulher Marisa, os grupos chegaram de ônibus ao local, com bandeiras e faixas. Deputados petistas se dirigiram ao fórum.
Decisão suspende depoimento de Lula e Marisa sobre triplex alvo da Lava Jato
Leia a matéria completaO fórum amanheceu com forte esquema de segurança. Pouco antes das 8h, havia menos de 30 pessoas, dividindo a mesma calçada de forma pacífica. Um grupo chegou a escrever, no asfalto, a frase “Lula na cadeia”. Logo em seguida, militantes pró-Lula cobriram o chão com faixas.
Na porta do Instituto Lula, cerca de 50 manifestantes, vestindo camisetas do PT e com bandeiras da CUT, estiveram no local. Após uma rápida reunião, decidiram seguir para a Barra Funda.
O deputado Paulo Teixeira, que está no Instituto Lula na manhã desta quarta-feira e foi responsável pelo pedido de suspensão junto ao CNMP, disse que não há intenção de paralisar a investigação.
“Nenhum promotor está acima da lei. Ninguém quer paralisar essa investigação, mas ela tem que ser feita por autoridade competente. Quem investiga tem que ter imparcialidade”, falou Teixeira.
A Frente Brasil Popular – que reúne mais de 60 entidades dos movimentos sindical e social, além dos partidos PT, PC do B e PDT– havia convocado um ato de apoio ao ex-presidente. No lado anti-Lula, estão pessoas ligadas ao Movimento Brasil Livre (MBL).