Fernando Haddad, prefeito de São Paulo| Foto: Carla Carniel / Folhapress

Após uma semana conturbada no cenário político nacional, com troca do comando da Petrobras e nova fase da operação Lava Jato, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) evitaram a imprensa na noite desta sexta-feira, 6. Os dois participaram da cerimônia de abertura do ano do Judiciário paulista. Ao fim do evento, tentaram deixar o Tribunal de Justiça por uma saída reservada, mas acabaram sendo interpelados pelos jornalistas.

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Questionado sobre a razão de não estar na celebração de 35 anos do PT, Haddad respondeu: "Porque estou aqui". Sobre a situação do tesoureiro do PT João Vaccari Neto, que ontem foi obrigado a dar explicações a Polícia Federal sobre acusações de recolhimento de propina para o partido, o prefeito foi evasivo. "Não acompanhei, meu foco está aqui, não estou acompanhando não" afirmou e, em seguida, deixou o local dizendo estar atrasado para outro compromisso.

Já o governador, quando abordado, respondeu essencialmente sobre o projeto de audiência de custódia, que está sendo lançado em São Paulo para dar maior celeridade ao Judiciário. Quando perguntado sobre o artigo do jurista Ives Gandra Martins, que descreveu pontos jurídicos para um eventual pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), Alckmin respondeu rapidamente e encerrou a coletiva. "Não li. Essa é uma questão jurídica que precisa ser avaliada", afirmou o governador.

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O parecer jurídico de Martins foi encomendado por um advogado que trabalha para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e que integra os quadros do instituto FHC. Em nota, o ex-presidente negou envolvimento na elaboração do documento.

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