O ex-presidente do Tribunal de Contas Hermas Brandão negou ontem que seja o articulador da candidatura do deputado estadual Nelson Garcia (PSDB) à presidência da Assembleia Legislativa. "Não sou eu. Não quero, não tenho interesse e não vou interferir em nada que se refira à Assembleia. Meu cargo é no Tribunal de Contas e só dele é que eu vou me ocupar", declarou Hermas, depois de transmitir seu cargo para o novo presidente do TC, Fernando Guimarães.
O futuro líder do governo na Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), repetiu ontem que "forças estranhas e ocultas" podem estar se insurgindo contra a coalizão para eleger Rossoni, candidato escolhido pelo governador Beto Richa (PSDB). Mas ele disse não acreditar que o ex-presidente do TC faça parte parte do coro de descontentes com a candidatura oficial. "Jamais. Não acredito nisso, até porque testemunhei uma ligação dele [Hermas Brandão] ao chefe da Casa Civil, Durval Amaral, em que ele disse que não era incendiário nem estaria por trás de qualquer tipo de movimentação para criar dificuldades à eleição do Valdir Rossoni", afirmou Traiano.
Hermas também desmentiu outra especulação: a de que os recém-eleitos deputados Hermas Brandão Júnior (PSB) e Evandro Jr (PSDB), respectivamente filho e neto do conselheiro, teriam aderido à candidatura de Garcia por sua influência. "Nem falei com eles sobre isso", garantiu Hermas. Procurados pela reportagem, os dois deputados da família Brandão garantiram que manterão o compromisso de votar em Valdir Rossoni.
Passado
As especulações de que Hermas estaria por trás da candidatura de Nelson Garcia teriam origem numa antiga disputa entre ele e Rossoni. Hermas não teria concordado com a escolha de Rossoni porque os dois estariam rompidos desde a eleição estadual de 2006. Na época, Rossoni conseguiu que o diretório nacional do PSDB impedisse os tucanos do estado de se coligarem com o então candidato à reeleição no governo do Paraná Roberto Requião (PMDB). Requião queria Hermas como vice.
Hermas também não teria ficado satisfeito com a nomeação do deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB), ex-líder do governo Requião na Assembleia, para a Secretaria de Estado do Trabalho. Garcia ocupou esse posto durante o governo Requião sendo chamado de "tucano do bico vermelho" por estar aliado ao peemedebista.
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