O presidente do HSBC Brasil, André Guilherme Brandão, disse nesta terça-feira, 5, que o banco tem a política de colaborar com autoridades seguindo leis dos países onde está presente. Mas, segundo ele, o HSBC Brasil não tem acesso à base de clientes e operações da holding na Suíça, já que as leis do país europeu proíbem o compartilhamento dessas informações.

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“O SwissLeaks é um caso antigo, que aconteceu entre 2006 e 2007, e se trata de uma ação criminosa de ex-funcionário na Suíça”, disse o executivo em apresentação na CPI do HSBC, comissão formada no Senado para investigar eventuais irregularidades nas contas mantidas por brasileiros na Suíça.

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Segundo Brandão, o HSBC suíço já reconheceu publicamente que sua cultura de prevenção a crimes financeiros estava abaixo dos padrões internacionais na época em que aconteceu o vazamento de dados de clientes do banco suíço. “O HSBC e Suíça mudaram muito, não são os mesmos de dez anos atrás. O número de contas do banco na Suíça foi reduzido em 70%, de 30 mil para 10 mil clientes”, relatou.

O executivo citou relatórios internacionais que apontariam que nenhum outro banco na Suíça tem feito mais pela prevenção a crimes financeiros do que o HSBC. “E apesar de não estar relacionado com o caso que ocorreu na Suíça entre 2006 e 2007, o HSBC Brasil tem adotado desde 2012 as mesmas medidas de prevenção da holding”, completou.

Segundo ele, o HSBC Brasil também revisou sua carteira de clientes no País fechando inclusive agências em áreas de risco para crimes dessa natureza. De acordo com o presidente do banco, 400 pessoas trabalham na prevenção a crimes financeiros na instituição brasileira.

A CPI foi criada para investigar irregularidades praticadas pelo banco HSBC na abertura de contas na Suíça, em que mais de U$ 100 bilhões foram possivelmente ocultados dos Fiscos de mais de 100 países, entre eles, o Brasil. Há uma estimativa de que haja aproximadamente 8 mil brasileiros entre os correntistas, com um saldo total de R$ 7 bilhões.