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PSDB pede corte de cargos e ministérios
Agência O Globo
Aproveitando o discurso de Dilma Rousseff de que pretende melhorar a gestão dos ministérios, o PSDB enviou no início do mês à presidente uma proposta de "reengenharia" da administração federal. O documento, feito pela bancada do PSDB na Câmara dos Deputados, sugere a diminuição de ministérios e a fusão de pastas. A proposta é que os atuais 38 ministérios sejam reduzidos para 31 e que as despesas de custeio tenham um corte de 20%. Os tucanos ainda propõem que haja uma diminuição também de 20% no número de funcionários comissionados, de indicação política. Essas medidas trariam, de acordo com a proposta, uma economia de R$ 3,35 bilhões anuais. Os tucanos sugerem que esse valor seja investido na saúde.
Pesquisa Datafolha divulgada em 20 de janeiro mostrou que, para 72% dos brasileiros, a presidente Dilma Rousseff é "decidida". "Essa característica tem relação com a imagem do gerente", observa o cientista político Rafael Cortez, da Tendências Consultoria. Para ele, esse resultado mostra que a imagem de boa gestora da presidente está consolidada. Mas há analistas que acham que a percepção popular não corresponde aos fatos.
Cortez afirma que, além desse fator, ainda contam para construir a imagem de gestora as tentativas de colocar nomes mais técnicos nos ministérios e a demissão dos ministros denunciados por envolvimento em irregularidades. O passado da presidente como "gerente" do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a fama de durona que ganhou quando ocupava a Casa Civil também ajudam na construção da imagem de boa administradora. Outros pontos que consolidam essa percepção popular são os resultados positivos da economia e os cortes de despesas em 2011 e neste ano.
Dilma ainda conta com a falta de uma oposição forte que conteste a construção da imagem. "De um lado há a eficácia do PT em construir a imagem. Do outro, temos a ausência da oposição, em questionar essa versão inventada", afirma o historiador Marco Antonio Villa, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Na avaliação de Villa, a imagem de boa gestora da presidente se deve mais a uma construção do PT do que a fatos reais. "O PT construiu com muita eficiência essa imagem, mas está óbvio que ela é uma má gestora", opina o historiador, que cita o fato de a presidente não ter conseguido construir, em 2011, nenhuma creche uma de suas promessas eleitorais.
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