Indicado a ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Luiz Fachin disse nesta quarta-feira (15) que sabe distinguir as “direções e os diversos momentos” em sua vida profissional. A declaração foi uma resposta do advogado ao fato de aparecer em um vídeo, filmado em 2010, defendendo a candidatura de Dilma Rousseff à presidência. “A vida implica em diversos momentos no exercício da cidadania, em tomada de algumas direções. Eu sei bem distinguir as direções e os diversos momentos. Tenho certeza que meu comportamento e minha trajetória indicam também nessa direção”, afirmou.
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Leia a matéria completaSenadores da oposição afirmam que o vídeo coloca a indicação de Fachin sob suspeita, uma vez que o indicado a ministro terá que julgar casos envolvendo membros do governo federal no Supremo, como os da Operação Lava Jato.
Fachin evitou dar detalhes sobre o vídeo em apoio a Dilma. O advogado disse que responderá a todos os questionamentos dos congressistas em sua sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, marcada para o dia 29 de abril. “Em homenagem e respeito ao Senado, vamos desenvolver todos esses temas e outros que forem do interesse dos senadores por ocasião da sabatina. E eu, desde logo, com humildade, estou à disposição dos senadores e evidentemente prestarei todos os esclarecimentos que forem necessários e coerentes com a minha trajetória e com o cargo que se coloca nesse horizonte”, afirmou.
Fachin se reuniu nesta quarta-feira com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a quem entregou seu currículo.
O advogado também visitou senadores em seus gabinetes em busca de apoio ao seu nome. Ele disse que os senadores têm o “legítimo direito” de fazerem questionamentos àqueles que desejam ingressar no STF. “Eu tenho o dever e ou cumprir e prestar os esclarecimentos com a devida humildade e, se assim o merecer, granjear a aprovação dos senadores.”
Além de setores da oposição, integrantes do PMDB ameaçam derrubar a indicação de Dilma porque estão irritados com o tratamento da presidente com a ala peemedebista do Senado. O impasse está em torno da indicação de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para o Ministério do Turismo no lugar de Vinícius Lages, afilhado político de Renan. Aliados do presidente do Senado defendem que Lages seja indicado para outro cargo no governo, mesmo que de segundo escalão.
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