A Infraero informou, no fim da tarde deste sábado, que não há sobreviventes do acidente com o vôo 1907 da Gol, nesta sexta-feira. No entanto, o Comando da Aeronautica afirmou que ainda não é possível confirmar que não há sobreviventes, embora as chances sejam mínimas. Mais cedo, o major Márcio Thadeu Firme, comandante da Polícia Militar na região de Peixoto de Azevedo (MT), informou ao O GLOBO ONLINE ter recebido informações de que não é possível identificar se há fogo no local onde estão concentrados os destroços do Boeing 737-800. Também não é possível afirmar as causas do acidente, que é o maior da história do país. Parentes e amigos das vítimas enviaram depoimentos a O GLOBO ONLINE e houve protestos por falta de maiores informações.

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O comandante Márcio Thadeu afirmou ainda que só nove paraquedistas da FAB conseguiram, até agora, descer ao local para derrubar a mata e abrir uma clareira, permitindo que as equipes de resgate consigam assim chegar até o avião. Segundo ele, pelo contato visual do grupo de resgate "seria quase impossível ter alguém vivo":

- Eles (a equipe) acreditam que não há sobreviventes. Seria um milagre, nas condições do local.

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Márcio Thadeu disse que os bombeiros devem pernoitar no local dos destroços, mas o recolhimento só será iniciado nas primeiras horas da manhã deste domingo.

Pouco mais cedo, fontes do Ministério da Aeronáutica, do Esquadrão Pelicano, disseram que poderia haver cinco sobreviventes do desastre com o avião da Gol. As informações, recebidas por rádio, davam conta de que havia sobreviventes em mensagens enviadas pelas equipes de resgate que estão na fazenda Jarinã, perto de uma reserva indígena, na região de São José do Xingu.

O Boeing, com 149 passageiros e 6 tripulantes, desapareceu próximo à Serra do Cachimbo, na divisa entre os estados do Pará e Mato Grosso. O vôo 1907 da Gol seguia de Manaus para Brasília, onde faria escala antes de continuar viagem até o Rio de Janeiro.

O resgate dos destroços deve durar três dias, segundo o secretário de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso.

A área de floresta densa fica entre duas aldeias indígenas no Parque do Xingu, na divisa de Mato Grosso com o Pará. As equipes estão abrindo espaço no local para a chegada de caminhões frigoríficos que devem carregar os corpos para a Base. Pelo menos dois caminhões já teriam sido contratados para esse serviço na cidade de Matupá, no Mato Grosso.

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A equipe de resgate localizou os destroços do avião, visualmente, por volta das 9h. Mais de 300 pessoas, entre militares e civis, participam da operação de localização e resgate.