O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, deixou claro na manhã desta terça-feira que a estatal não tem previsão para que os problemas que afetam o setor aéreo do país sejam resolvidos. Em entrevista à Rádio Gaúcha, Pereira avaliou que a série de atrasos em vôos começou depois do acidente com um avião da Gol, em setembro do ano passado, que matou 154 pessoas no norte do Mato Grosso.
Não havia atrasos, todo mundo vivia feliz até que ocorreu o acidente da Gol (...) a pergunta é: o que mudou com o acidente da Gol? Levantado isso, a causa do problema irá aparecer ponderou, acrescentando que "muitas providências" foram tomadas pelo governo desde então, embora não tenha especificado quais.
O que garantiu é que os vôos que saem do chão são seguros para os passageiros:
Avião decolado é avião seguro. Agora a solução final passa para isso (atrasos), quando nós vamos realmente voltar àqueles tempos pré-acidente, isso aí passa por um trabalho bem mais extenso.
A questão será o tema central de reunião convocada para hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da qual participarão o ministro da Defesa, Waldir Pires, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o comando da Aeronáutica e a Infraero, representada por Pereira. Os problemas ocorridos nos últimos dias no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, também serão discutidos.
Atrasos nesta terça
Entre 5h e 8h de hoje, de acordo com a Infraero, o aeroporto de Guarulhos teve poucos atrasos: 11 chegadas com 45 minutos ou mais, e outras oito sem previsão. Um pouso foi cancelado. Entre as partidas no mesmo período, três haviam sido canceladas, e oito estavam sem confirmação.
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