A Infraero espera anunciar nas próximas horas um acordo com os aeroportuários e assim evitar a paralisação da categoria prevista para as vésperas dos Jogos Pan-Americanos. Pressionado, o Ministério do Planejamento deverá ceder e autorizar um aumento em torno de 6%.

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Segundo fontes da estatal, os líderes do movimento aceitam o percentual. O assunto está sendo discutido entre a Defesa, o Departamento de Estatais (Dest) e a Infraero em conversas telefônicas.

Segundo a assessoria do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o ministro da Defesa, Waldir Pires, ligou para Paulo Bernardo e relatou a gravidade da situação, pedindo ao ministro do Planejamento rapidez para resolver o impasse com os trabalhadores. A Infraero não tem plano B para evitar o caos se a categoria cruzar mesmo os braços.

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Em São Paulo, o presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sinca), José Gomes de Alencar Sobrinho, disse que os funcionários da Infraero nos aeroportos da Pampulha e Confins, em Minas Gerais, farão assembléias para decidir se aderem à paralisação programada para o dia 11 em Cumbica e Viracopos, em São Paulo, e no aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus. Na Pampulha, a assembléia acontece nesta sexta e em Confins, na terça. No Rio de Janeiro, a decisão sai na segunda. O sindicalista disse que se o governo fizer uma nova contraproposta, existe a possibilidade da categoria reavaliar a greve, que acontece dois dias antes do início dos Jogos Pan-Americanos, no Rio de Janeiro.

- Por enquanto, a contraproposta oficial do governo para os quase 34% de reposição salarial que reivindicamos é de 4%, muito longe do que pedimos. Falou-se em 6%, mas ainda assim é muito aquém. Portanto, a decisão de greve em São Paulo e no Amazonas está mantida e pode se estender a outros aeroportos. Mas se o governo se sensibilizar e fizer uma proposta mais próxima do que queremos, podemos reavaliar a decisão de parar - diz José Gomes de Alencar.

Além das perdas salariais desde o Plano Real, os aeroportuários afirmam que o quadro de funcionários se reduziu desde 2004. Segundo eles, o contrato de pelo menos 3 mil terceirizados que atuavam em setores como manutenção de equipamentos da Infraero - como os aparelhos que ajudam os pilotos a descer com neblina - do terminal de carga e da segurança. A categoria tinha, segundo o Sinca, 13 mil funcionários e atualmente são 10 mil. Existe também a reivindicação de que essas vagas sejam preenchidas.

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