O advogado José Gerardo Grossi afirmou nesta sexta-feira (5) que a Polícia Federal teria admitido no inquérito da Operação Caixa de Pandora que o ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa manipulou um equipamento usado para escuta ambiental em seu gabinete. Segundo Grossi, ele ligava e desligava o aparelho quando desejava. Grossi é advogado do governador José Roberto Arruda (sem partido).
"A escuta ambiental, com autorização judicial, foi montada no gabinete dele. O que aconteceu com este aparelho de escuta ambiental? O senhor Durval fez tanta molecagem ligando e desligando a seu bel prazer que a Polícia Federal pediu para retirar porque ele estava manipulando todo o material da escuta ambiental", disse Grossi.
Segundo o advogado, as provas gravadas por esse sistema de escuta teriam sido desconsideradas posteriormente pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Procurada pelo G1, a Polícia Federal negou que Durval tenha manipulado as gravações. "De acordo com a perícia realizada, não houve, nos trechos apresentados à Polícia Federal, qualquer tipo de manipulação", informou a PF, por meio de suas assessoria. As investigações do órgão na Operação Caixa de Pandora resultou em inquérito que corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Também advogado de Arruda, Nélio Machado procurou enfatizar os processo que Durval responde na Justiça para desqualificá-lo. Para ele, as denúncias não passam de um "factóide".
"Não podemos aceitar essa perseguição política a partir de factóides criados para criar atmosfera irrespirável para o governador. Não se pode ter sentença condenatória com base em acusações de um cidadão useiro e vezeiro em frequentar o banco dos réus da Justiça brasileira", disse Machado.
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