O Instituto Lula afirmou nesta quinta-feira (24) que o prédio de sua sede não sofreu "dano material" após a invasão de 32 horas feita por um grupo de agricultores do assentamento Milton Santos.
Nesta tarde, os manifestantes desocuparam o prédio, onde o ex-presidente Lula costuma despachar em São Paulo.
Os agricultores foram notificados por um oficial de Justiça para desocuparem o local onde vivem até o dia 30 deste mês. A área, que fica entre Americana e Cosmópolis (interior de SP), é alvo de disputa judicial.
Com a invasão, o grupo queria que Lula intercedesse por eles junto à presidente Dilma Rousseff para que assine um decreto de desapropriação por interesse social, o que encerraria as disputas pela propriedade.
Em nota, o Instituto Lula disse reiterar sua solidariedade às famílias. "Lamentamos, todavia, que o instituto tenha sido colocado como parte de um problema que não está na sua alçada."
O instituto também lembra que não tem autoridade ou mandato para negociar com o governo. "O instituto foi constituído para preservar o legado dos governos do presidente Lula e para trabalhar em projetos de desenvolvimento social na África e pela integração da América Latina. A questão agrária não está entre os seus objetivos institucionais."
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