Integrantes dos partidos da base aliada do governo e da oposição pediram nesta quarta-feira (28) prazo maior para tomarem conhecimento do relatório da CPI do Cachoeira.
O pedido de vista coletivo foi feito durante a leitura do relatório pelo deputado Odair Cunha (PT-MG). A comissão deve retornar a se reunir na próxima quarta-feira (5) para discussão do material.
No momento, Odair lê um sumário de 89 páginas do relatório para uma comissão praticamente esvaziada. Acompanham a leitura apenas cinco integrantes da CPI de um total de 34.
Ele descreve cada uma das partes do relatório e faz um balanço das investigações. "A verdade, quando brilha, ofusca mesmo a mentira mais engenhosamente construída. Aos poucos, ela vai se tornado evidente para todos, independentemente de opiniões individuais. Essa foi a missão desta CPMI: deixar a verdade vir à tona, deixá-la brilhar. O que descobrimos está inteiramente exposto neste Relatório", disse o petista.
Segundo ele, para a montagem do relatório foram consideradas a quebra de 92 sigilos bancários, 91 sigilos fiscais e 88 sigilos telefônicos de pessoas físicas e jurídicas.De acordo com os dados levantados, os suspeitos de participarem do esquema movimentaram R$ 84 bilhões em transações financeiras.
"Essas informações nos permitiram identificar 117 empresas suspeitas, muitas das quais usadas apenas e tão somente para realizar lavagem e ocultação de valores", afirmou Odair. "Essas empresas atuam como típicas lavanderias, que asseguram a manutenção financeira da organização criminosa chefiada por Carlos", acrescentou.
No início da sessão, Odair anunciou a retirada do texto do pedido de indiciamento de jornalistas e de investigações do procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
STF inicia julgamento que pode ser golpe final contra liberdade de expressão nas redes
Plano pós-golpe previa Bolsonaro, Heleno e Braga Netto no comando, aponta PF
O Marco Civil da Internet e o ativismo judicial do STF contra a liberdade de expressão
Putin repete estratégia de Stalin para enviar tropas norte-coreanas “disfarçadas” para a guerra da Ucrânia