O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (20) a criação de uma conta bancária na Caixa Econômica Federal no nome da Corte.
A decisão veio depois que a Interpol de Roma, na Itália, pediu que o governo brasileiro indicasse uma conta para depositar os 113,8 mil euros confiscados do ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão e detido no país.
O valor deve ser devolvido quando Pizzolato for extraditado da Itália para o Brasil.
Em maio, depois que o Ministério da Justiça da Itália deu parecer favorável ao retorno do condenado, a defesa dele entrou com recurso no Tribunal Administrativo Regional (TAR) de Roma para suspender a extradição do ex-executivo.
Agora, o Conselho de Estado italiano precisa julgar o recurso para definir sobre a volta dele ao Brasil.
Em 2013, Pizzolato foi condenado pelo STF a 12 anos e sete meses pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e corrupção.
Ele teria recebido R$ 336 mil no mensalão, além de ter autorizado repasses milionários do Banco do Brasil à agência de publicidade de Marcos Valério, um dos operadores do esquema.
Pizzolato usou o passaporte falso do irmão, morto em 1978, para fugir para Roma, onde foi preso no ano passado.
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