Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador do MPF: parada técnica.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O procurador do Ministério Público Federal (MPF) Carlos Fernando dos Santos Lima comentou nesta segunda-feira (16) o intervalo entre a 19.ª e a 20.ª fase da Operação Lava Jato . O intervalo de 56 dias entre a deflagração de uma fase para outra ocorreu, segundo o procurador, por causa das decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que fatiaram as investigações que não tinham relação com a corrupção na Petrobras.

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“A operação continua vigorosa. Nós tivemos que fazer uma parada técnica para analisar as decisões do Supremo Tribunal Federal”, disse Lima durante coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (16). “Nós entendemos que podemos aprofundar a Petrobras e os reais responsáveis pela corrupção geral serão revelados, mesmo que a Petrobras se limite ao nosso campo de atuação”, garantiu o procurador.

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Recentemente, o STF determinou que as investigações referentes à Eletronuclear fossem remetidas ao Rio de Janeiro, onde fica a sede da estatal. Já o caso envolvendo contratos da Consist no âmbito do Ministério do Planejamento foi remetido à São Paulo.

“De maneira alguma vamos deixar de produzir as provas quando elas se apresentarem para nós”, garantiu o procurador. “Nós vamos revelar fatos, vamos levar a público esses fatos e se depois o Supremo continuar entendendo que eles não continuam conosco tenho certeza que os outros estados continuarão essas investigações”, finalizou.

De acordo com o delegado da PF Igor Romário de Paula, caso o STF não tivesse fatiado as investigações, a Lava Jato já estaria pelo menos na 23.ª fase. Nesta segunda-feira (16), a PF deflagrou a 20.ª fase da operação, batizada de Corrosão. As investigações dessa nova fase dizem respeito à corrupção na Petrobras, referentes à compra da refinaria de Pasadena, no Texas, e a contratos na Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco, e no Comperj, no Rio de Janeiro.

Duas pessoas foram presas: o ex-gerente executivo da área Internacional da Petrobras Roberto Gonçalves e o operador Nelson Ribeiro. Outros cinco funcionários da estatal foram levados para prestar depoimento e foram liberados em seguida.

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