Para o coordenador-geral do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Paraná (Sindijus-PR), José Roberto Pereira, a construção e reforma das instalações físicas são importantes, mas é preciso priorizar o capital humano do Judiciário. "Algumas comarcas estão em situação precária, mas o TJ não pode priorizar a parte física e se esquecer dos servidores", observa.

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Segundo Pereira, quase metade das 800 pessoas que foram contratadas nos últimos dois anos como auxiliares administrativos, já teriam pedido exoneração. "São pessoas que estão acabando ou já finalizaram o curso superior. Diante dos baixos salários e da falta de estrutura, preferem sair e participar de outros concursos", afirma.

Pereira ressalta que as instalações físicas são importantes, mas de nada adiantarão caso não haja servidores capacitados para trabalharem. "Nós servidores é que levamos a Justiça para a população. Se não há pessoal suficiente para atendimento, ter um prédio suntuoso não resolve nada." Ele critica o projeto para ampliação do Palácio da Justiça, em Curitiba. "Será que realmente é necessário mais uma obra para que os desembargadores fiquem bem instalados? É a Justiça de primeiro grau, as comarcas que mais precisam de investimentos", acrescenta. (RF)

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