A pedido do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, o advogado Virgílio de Oliveira Medina, preso pela Polícia Federal (PF) durante a Operação Furacão, foi incluído no inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o STF, junto a outros 21 dos 25 presos, ele continuará respondendo ao inquérito que corre na 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

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Vírgilio foi notificado da decisão do ministro Cezar Peluso, do STF, ao meio-dia desta sexta-feira (27). Para que o advogado fosse intimado pessoalmente, a Polícia Federal teve de transferí-lo às pressas do Rio de Janeiro para a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, de onde ele tinha sido levado na manhã desta quinta-feira (26).

Irmão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Paulo Medina, que também responde o processo no STF, Virgílio é acusado de participar do esquema montado por bicheiros e donos de casas de bingo para comprar sentenças favoráveis ao funcionamento dos bingos e à importação de máquinas caça-níqueis. Segundo a PF, em troca de um decisão favorável à organização criminosa, Virgílio teria intermediado o pagamento de propina de R$ 600 mil ao seu irmão.

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No último dia 20, também a pedido do procurador-geral da República, o inquérito inicial foi desmembrado em dois. Com isso, o processo dos acusados que não tem foro no STF foi remetido para a 6ª Vara Federal do Rio de Janeiro, onde, em 2005, se originaram as investigações.

Já no STF permaneceram apenas as acusações contra o ministro do STJ Paulo Geraldo de Oliveira Medina; os magistrados José Eduardo Carreira Alvim, José Ricardo de Siqueira Regueira e Ernesto da Luz Pinto Dória e o procurador-regional da República, João Sérgio Leal Pereira.