Os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos devem ser transferidos do presídio de Itirapina, no interior do estado, para a capital paulista nesta quarta-feira. A informação foi dada pelo juiz Alberto Anderson Filho que vai presidir o julgamento de Suzane von Richthofen e dos dois irmãos. De acordo com Anderson Filho, a transferência já foi acertada, mas ele não sabe onde os irmãos ficarão presos. A secretaria de Administração Penitenciária não confirma a transferência.

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- Com os dois aqui, os advogados de defesa poderão conversar com eles - afirma o juiz, referindo-se a alegação do advogado Geraldo Jabur de que poderia pedir o adiamento do julgamento, marcado para o dia 5 de junho, porque não conseguiu conversar com seus clientes por causa da greve dos agentes penitenciários.

O juiz afirmou ainda que, se o Superior Tribunal de Justiça conceder a prisão domiciliar dos dois réus, a decisão será imediatamente cumprida. Anderson Filho não cogita a hipótese de o julgamento ser adiado.

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- Uma estrutura enorme está sendo montada para isso e os gastos do governo são enormes. Estão sendo providenciados dormitórios e alimentação para os jurados, assim como o esquema de policiamento e vigilância - diz o juiz.

- O fato (assassinato) ocorreu e o julgamento terá de ocorrer. Criar incidente para adiá-lo é bobagem. É preciso respeito pelo trabalho para organizá-lo - acrescentou.

Suzane, Cristian e Daniel são réus confessos do assassinato do casal Marísia e Manfred von Richthofen. O crime ocorreu em agosto de 2002 e, na época, Suzane era namorada de Daniel. Ela afirma que facilitou a entrada dos irmãos na casa da família e ajudou a forjar um roubo. O casal foi morto pelos irmãos na cama em que dormia, com golpes de barras de ferro.

Durante o julgamento, Suzane poderá retornar para casa do advogado Denivaldo Barni, na zona sul de São Paulo, onde cumpre prisão domiciliar, sempre que o júri for suspenso. Se não conseguirem o mesmo benefício, Cristian e Daniel ficarão sob custódia da secretaria de Administração Penitenciária.

Os jurados permanecerão no Fórum da Barra Funda, onde ocorre o julgamento, em dormitórios individuais. Eles não terão acesso a qualquer meio de comunicação e nem poderão falar com familiares. Um oficial de Justiça acompanhará o grupo durante todo o tempo para que o julgamento não seja discutido fora do tribunal.

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