Janot, procurador-geral da República.| Foto: UESLEI MARCELINO/REUTERS

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, anunciou nesta segunda-feira que criará a Procuradoria Nacional Anticorrupção caso seja reconduzido ao cargo. Para Janot, a medida é importante para reforçar o combate aos desvios de dinheiro público. O procurador fez o anúncio na abertura do debate entre ele e os outros três candidatos ao cargo de procurador-geral Mario Bonsaglia, Carlos Frederico e Raquel Dodge. O processo de escolha começa com uma eleição interna, onde procuradores vão integrar uma lista tríplice a ser apresentada a presidente Dilma Rousseff.

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Dirceu foi o mentor do esquema na Petrobras, afirma procurador do MPF

O procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, que integra a força-tarefa da Operação Lava Jato, afirmou nesta segunda-feira (3) que o ex-ministro José Dirceu (governo Lula) foi o instituidor do esquema de corrupção instalado na Petrobras.

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“Vamos intensificar o combate a corrupção estruturando o MP para seu poder investigatório. Investiremos ainda mais em tecnologia. Criaremos a Procuradoria Nacional Anticorrupção”, afirmou Janot

Raquel Dodge também bateu na tecla da corrupção. No discurso de abertura, ela voltou a falar sobre a necessidade de criar um sistema de compliance — boas práticas de governança — dentro do Ministério Público Federal e reforçar a estrutura de atuação dos procuradores com o objetivo de conter desvios na esfera pública. O Brasil é um país rico, mas injusto, marcado pela desigualdade e a corrupção de verbas públicas — disse Raquel.

Bonsaglia prometeu ampliar o grau de transparência da atuação do procurador-geral. Uma de suas propostas é divulgar regularmente a agenda de procurador-geral. Carlos Frederico voltou a cobrar transparência e evitar o que ele chama de ações “midiáticas”. O mandato do procurador-geral acaba dia 17 de setembro. A eleição está marcada para quarta-feira.