O publicitário João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, admitiram ao juiz Sergio Moro que os depósitos feitos por Zwi Skornicki na conta do marqueteiro na Suíça eram destinados a pagar dívidas da campanha presidencial de Dilma Roussef em 2010, sem declaração à Justiça Eleitoral – o caixa dois.
No depoimento, prestado nesta quinta-feira (21), eles negaram saber se o dinheiro tinha como origem propina de contratos da Petrobras.
O empresário Zwi Skornicki, que representava o estaleiro Keppel Fels, porém, admitiu que o depósito feito a João Santana era dinheiro de propina. Ele também prestou depoimento ao juiz Sergio Moro e confirmou ter pagado propina em todos os contratos firmados pela Keppel com a Petrobras.
Segundo denúncia do Ministério Público Federal, Santana US$ 4,5 milhões do engenheiro Zwi Skornicki, entre 2013 e 2014 em uma conta no exterior. Zwi foi citado pelo delator Pedro Barusco, ex-executivo da Petrobras, como um dos operadores de propina do esquema.
Santana também recebeu US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht, entre 2012 e 2013.
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