O ministro da Defesa, Nelson Jobim, chamou nesta segunda-feira (8) os funcionários com cargo de confiança da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) demitidos por sua ordem de "jabutis no galho". "Se está lá é porque alguém botou, porque jabuti não sobe em árvore", afirmou em evento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), na capital paulista. "Alguns (desses funcionários) não sabíamos quem eram. Só ficamos sabendo depois da demissão.
O corte de 98 pessoas que ingressaram na empresa por indicação política provocou controvérsia na base aliada do governo federal. O PMDB, principal partido de sustentação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, havia indicado parte do pessoal e, em represália ao corte, apoiou a criação da CPI da Petrobras. Ao saber das demissões, pelo menos oito ocupantes de cargos de confiança pediram licença médica por 30 dias, informou o ministro. Durante esse período, a Infraero não pode destituí-los. "Faz parte do jogo", disse Jobim. "Vamos aguardar o retorno e, imediatamente, demiti-los.
O ministro classificou a dispensa dos funcionários como uma "atividade de risco" a que se submeteu. "(A decisão) atingiu lideranças do meu partido", disse, em referência ao PMDB. "Mas tinha de fazer isso, senão não consertamos o problema da Infraero, não conseguimos torná-la uma empresa viável.
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