Ao despedir-se nesta sexta-feira (1º) da presidência do Senado, José Sarney (PMDB-AP) chorou lembrando seu histórico como parlamentar e sua gestão no comando da instituição. Em discurso na sessão que define o novo comando da Casa, Sarney disse que "pautou suas gestões voltado ao futuro e a modernidade", com ênfase em "aprofundar a democracia".
"Dediquei toda a minha vida à política ao serviço do meu país. Minha reflexão final é que essa paixão do bem comum e da política é maior do que a paixão da vida", disse. Sarney presidiu o Senado por quatro vezes e ocupa mandatos no Congresso há mais 50 anos.
Durante suas gestões no comando da Casa, Sarney protagonizou o escândalo dos atos secretos - em que medidas tomadas pelo parlamentar não foram publicadas oficialmente. O peemedebista enfrentou dez processos no Conselho de Ética, que acabaram arquivados.
Ao citar a imprensa, disse que "até o tempo corrige a prática de sua liberdade e de seus excessos".
Na despedida, Sarney disse que faz parte da sua conduta "praticar a democracia e compreender a posição dos adversários".
O peemedebista disse que vai entregar o Senado ao seu sucessor "totalmente informatizado", com a reforma administrativa da Casa "80% implantada". A reforma foi discutida depois dos atos secretos, mas até hoje não saiu do papel.
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