Os grandes eventos na Avenida Paulista devem ser restritos a partir de agora, segundo o prefeito de São Paulo, José Serra, e o subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo. Eles visitaram nesta sexta-feira um trecho da Paulista, entre as ruas Brigadeiro Luís Antonio e Maria Figueiredo, a área mais atingida pela depredação promovida por torcedores do São Paulo.
O prefeito sugeriu que a diretoria do São Paulo Futebol Clube tomasse a iniciativa de procurar a Prefeitura para recuperar o que foi destruído pelos torcedores.
- O São Paulo não tem obrigação legal. Se eu fosse da diretoria do clube, apoiaria a participação na recuperação de tudo aquilo que foi quebrado. Eu não vou pedir, mas acho que eles deveriam ajudar - afirmou.
Marco Aurélio Cunha, superintendente de futebol do São Paulo, contestou o prefeito.
- Acho que, se chegarmos a esse nível, temos de ter a mesma medida em tudo. Se o prefeito Serra pagasse o cidadão a cada pneu de carro danificado pelos buracos na cidade, ou a cada assalto, nós até poderíamos colaborar. Acho que fazer o São Paulo ter o papel de Estado é um pouco de exagero - disse.
Para o prefeito, têm ocorrido abusos em relação à Avenida Paulista e ela não pode servir como palco de eventos diferentes a cada semana.
- Os eventos serão restritos, cada vez mais - disse o prefeito.
Matarazzo afirmou que o ocorrido mostra que o caminho é proibir grandes eventos na Avenida Paulista.
- Já vínhamos discutindo isso, por causa dos moradores e hospitais da região. O caminho é proibir eventos grandes, que possam pôr em risco a população. É uma via central e vital para a cidade. Interditar a avenida congestiona o trânsito em toda a região e impede a chegada a hospitais - completou.
O presidente da Associação Paulista Viva, Nelson Baeta, afirmou que o que ocorreu na avenida "foi por erro de avaliação".
- Não podemos responsabilizar apenas um pelo o que aconteceu. Foi um erro de todo mundo - disse Baeta.