O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou nesta terça-feira que a votação da proposta que eleva o salário mínimo para R$ 545 é "um teste importante" para os partidos que apoiam a presidente Dilma Rousseff. Jucá disse estar convencido de que todos esses partidos estarão unidos na defesa da proposta do governo.
Ele declarou que, a exemplo do que ocorre com as centrais sindicais, todos os parlamentares gostariam de elevar ainda mais o valor do salário mínimo, mas que a mudança não pode ser feita de forma inconsequente. "A questão é elevar o valor do salário mínimo com estabilidade econômica, com responsabilidade fiscal e com uma ação consentânea com a economia do país", disse.
O líder lembrou que o entendimento existente se baseia na elevação do mínimo pela inflação mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores. "No caso de 2009, não houve crescimento do PIB. Então é a correção (que precisa valer). É esta a regra vigente", declarou.
Jucá prevê que, no próximo ano, provavelmente haverá correção monetária entre 4,5% e 5%, mais o crescimento do PIB de 7,5% a 8%. "Portanto, será um reajuste bastante substancial", disse. "A norma vale para todo momento. Estamos querendo manter o pacto que foi feito com as centrais sindicais", declarou.
Exterior
Até mesmo o cenário internacional está sendo utilizado por líderes governistas como justificativa para explicar o motivo para que o salário mínimo suba para R$ 545 neste ano. "O governo tem de se preocupar com as contas das prefeituras, da Previdência e com o equilíbrio fiscal. Nós estamos aí na possibilidade de uma crise internacional que, dessa vez, pode afetar o país", disse Humberto Costa, líder do PT no Senado, sem detalhar se fazia referência à crise na zona do euro ou a algum outro cenário.
Costa e outros líderes da base aliada estão reunidos no Senado com o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, para discutir a pauta prioritária para este primeiro semestre, o que inclui a votação do salário mínimo.
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