Na decisão que determinou a prisão dos principais executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, o juiz federal Sergio Moro também bloqueou o saldo de contas correntes e ativos financeiros de dez investigados -inclusive dos presidentes das empreiteiras. Até R$ 20 milhões de cada executivo será sequestrado pela Justiça.
Os presidentes Marcelo Odebrecht, da empresa Odebrecht, e Otávio Marques de Azevedo, da Andrade Gutierrez, estão nessa lista.
Também foram atingidos os executivos da Odebrecht Marcio Faria, Rogério Araújo e Cesar Ramos Rocha; da Andrade Gutierrez, Elton Negrão de Azevedo Júnior, Paulo Roberto Dalmazzo e Antônio Pedro Campelo de Souza; o empregado da Petrobras Celso Araripe; e o ex-funcionário da Odebrecht João Antônio Bernardi Filho, sócio de uma empresa que operava a lavagem de dinheiro, segundo as investigações. “O esquema criminoso em questão gerou ganhos ilícitos às empreiteiras e aos investigados, justificando-se a medida para privá-los do produto de suas atividades criminosas”, escreveu Moro, no despacho.
Ele pondera que nem todos os recursos bloqueados têm necessariamente origem ilícita, e que valores referentes a salários podem ser liberados depois, mediante pedido.
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