A juíza Célila Regina, que autorizou busca e apreensão na sede de três empresas de Luis Cláudio Lula da Silva,está de folga até o domingo.| Foto: João Sal/Folhapress

A juíza Célia Regina Ody Bernardes, que autorizou busca e apreensão na sede de três empresas de Luis Cláudio Lula da Silva, um dos filhos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na semana passada, não está mais à frente o caso. Depois de passar um ano no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o juiz Vallisney de Souza Oliveira, titular da 10.ª Vara Federal, voltou ao cargo nesta quarta-feira (4) e reassumiu todos os processos que estão no setor, inclusive os inquéritos da Operação Zelotes.

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O juiz disse que o retorno dele à 10ª Vara Federal nada tem a ver com a Zelotes e a repercussão política que a investigação passou a ter desde a busca e apreensão na sede da LFT Marketing Esportivo e outras duas empresas de um dos filhos do ex-presidente Lula. Vallisney argumenta que o prazo de trabalho dele como juiz-auxiliar no STJ expirou e, como não houve reconvocação, ele reassumiu a 10ª Vara, onde é titular há seis anos. Ele afirma que não poderia deixar de reassumir o cargo e, muito menos, abrir mão dos processos. “Meu trabalho no STJ acabou e eu estou retornando às minhas atividades aqui na 10ª Vara. Não voltei por causa desse processo (Operação Zelotes) e nem por causa de nenhum outro. A Vara tem mais de dois mil processos. Também quero dizer que não houve pressão de ninguém”,afirmou.

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Vallisney afirma ainda que é o juiz natural do caso e, nesta condição, não poderia simplesmente repassar a tarefa para outro colega. Célila Regina está de folga até o domingo. Na segunda-feira, quando retornar ao trabalho, ela deve assumir os processos do juiz substituto da 10ª Vara, Ricardo Leite, que entrará em férias. Mas a situação é provisória e o destino da juíza depende decisão da presidência do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Antes de ser chamada para atuar na 10ª Vara, Célia Regina estava na 21ª Vara Federal.