Dois telões serão instalados no edifício do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, para jornalistas e para o público que quiser assistir à sessão em que os ministros vão decidir ser aceitam ou não a denúncia apresentada pela Procuradoria- Geral da República contra os 40 acusados de operar um esquema de suborno a parlamentares, o chamado mensalão. O texto do procurador aponta para a existência de uma "sofisticada organização criminosa" chefiada pelo ex-chefe da Casa Civil e deputado cassado José Dirceu (PT-SP).
O julgamento no Supremo começa na quarta-feira, às 10h. A previsão é de que termine na noite de sexta-feira. A sessão será transmitida ao vivo pela TV Justiça, pela DirecTV e pela Rádio Justiça, inclusive pela internet.
O julgamento pode transformar em réus outras figuras-chave do primeiro mandato do governo Lula, como o ex-ministro Luiz Gushiken, da extinta Secretaria de Comunicação da Presidência, e o ex-presidente do PT e deputado José Genoino (PT-SP). Mas o potencial explosivo do veredicto deve contrastar com a lentidão do processo, num tribunal conhecido pela extrema formalidade nos ritos. Serão cinco etapas até que a presidente do STF, Ellen Gracie, proclame a decisão. Cada fase deve ser interrompida por inúmeras questões de ordem dos ministros.
O acesso ao plenário será restrito ao número de cadeiras disponíveis, sendo que do total de 246 lugares, há assentos reservados para todas as partes envolvidas no processo e seus advogados. Outras 47 cadeiras estarão reservadas à imprensa. A ocupação se dará por ordem de chegada. De acordo com normas internas do STF, homens devem vestir terno e gravata e mulheres "terninhos" (calça e blazer), tailleurs (saia e blazer) ou vestidos em estilo formal para ter acesso às dependências do plenário.
Os jornalistas poderão contar, além do telão exclusivo, com uma estrutura de apoio, que inclui computadores, instalada no segundo andar do edifício-sede, no hall do Salão Nobre. O outro telão, com 30 cadeiras, será destinado ao público, caso a lotação do plenário esteja completa.
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