O Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região concedeu neste sábado (28) habeas corpus para a soltura de dez pessoas presas durante a Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, que investiga a construtora Camargo Corrêa.

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Segundo o TRF, foram dois habeas corpus concedidos pela desembargadora Cecília Mello.

Na quarta (25), quatro executivos da construtora, duas secretárias e quatro supostos doleiros, foram presos por suspeita de envolvimento em um esquema de remessa ilegal de dinheiro da construtora para o exterior por intermédio de doleiros que atuam no Brasil e em outros países. Segundo o MPF, foi criado um esquema sofisticado de operações de câmbio e transferências bancárias.

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A investigação da Polícia Federal indiciou na sexta-feira (27) o diretor da construtora Raggi Badra Neto e a secretária Darcy Flores, acusados pela polícia dos crimes de câmbio ilegal, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. A empresa nega irregularidades e disse que vai cooperar com a investigação.

A PF também pôs a empreiteira sob suspeita de crime eleitoral. As suspeitas da polícia sobre a prática de crimes eleitorais são baseadas em conversas entre executivos da Camargo Corrêa gravadas durante a investigação.

Na sexta (27), a defesa da Camargo Corrêa anunciou um reforço, o ex-ministro da Justiça e advogado Márcio Thomaz Bastos assumiu o caso. "Acho que não houve crime, acredito nisso, isso só será decidido ao final, depois que a defesa tiver a oportunidade de dar sua versão, tanto em relação a crimes financeiros como a crimes eleitorais, nós temos uma convicção muito forte de que não existem esses crimes", disse.