O juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal do Paraná, comunicou à defesa do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa que ele deve comparecer a interrogatório em 8 de outubro, para ser ouvido no caso da Petrobras. É a primeira vez que uma decisão presume que Costa estará em liberdade em outubro. Se estivesse preso, a convocação seria dirigida ao Departamento de Execução Penal do Paraná (Depen).
Costa está preso na superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba. A expectativa é que ele seja solto ainda nesta segunda-feira (29). A decisão deve ser dada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Depois de solto, Costa deve ser levado ao Rio de Janeiro, onde morava com sua família antes de ser preso pela primeira vez na Operação Lava Jato, em março deste ano.
Com o endosso da PF, o Ministério Público Federal (MPF) emitiu parecer favorável à prisão domiciliar do ex-diretor após a série de depoimentos que ele prestou depois de fazer acordo de delação premiada.
Nos depoimentos, o ex-diretor citou o nome de mais de 30 políticos que teriam sido beneficiados pelo esquema, incluindo nomes do alto escalão, de acordo com a revista Veja. Ele também confessou ter recebido US$ 23 milhões de uma empreiteira no exterior para facilitar contratos da empresa com a Petrobras.