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A defesa do doleiro Alberto Youssef desistiu de pelo menos 11 recursos que tinham sido impetrados para anular atos da Operação Lava Jato. Dois processos corriam no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e os demais no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). O doleiro negocia um acordo de delação premiada com o o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) desde o início desta semana. Ele já teria começado a prestar informações em troca da redução de pena para os crimes em que é acusado.

A retirada dos recursos pode ser um indício de que o acordo está em fase avançada de negociações. Ao contrário do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que deve ser solto nos próximos dias depois de fechar o acordo de delação, o MPF acha "difícil" que Youssef possa ser liberado da prisão. Ele foi condenado a quatro anos de detenção, neste mês, por quebrar a primeira delação premiada que firmou, no caso Banestado, também sobre lavagem de dinheiro.

Youssef desistiu, inclusive, do habeas corpus que pedia a anulação de todas as provas incluídas nas ações penais relacionadas à Lava Jato. As desistências são datadas desta quinta-feira (25).

Os depoimentos que estariam sendo prestados por Youssef ainda terão de ser validados pela Justiça para que ele possa negociar a redução de pena em troca das informações sobre o funcionamento do esquema de corrupção investigado pela PF na Lava Jato.

Banestado

Em 2003, o doleiro foi preso pela Polícia Federal em consequência das investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banestado. Ele foi acusado de ser responsável por dezenas de contas fantasmas para enviar dinheiro de origem ilícita para fora do país. Como o acordo foi quebrado, a ação voltou a tramitar neste ano e ele foi condenado a quatro anos e quatro meses de prisão por corrupção ativa, em 17 de setembro.

Apontado como o chefe do esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas através de empresas fantasmas, o londrinense Youssef está preso em Curitiba desde março deste ano. Ele teria ligação com deputados e envolvimento no pagamento de propinas de obras da Petrobras.

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