Quais são as suas principais propostas para o TJ?
Minhas metas prioritárias são: implantar definitivamente o planejamento estratégico, com observância aos projetos das gestões anteriores; a valorização dos magistrados e servidores; melhorar a infraestrutura, com restauração do Palácio da Justiça, modernização da administração e inovação tecnológica; avançar no processo eletrônico e na equalização da distribuição; e fortalecer o papel institucional do Poder Judiciário, com aproximação da sociedade, comunicação social e apoio a projetos sociais. Assim será possível prestar serviços judiciários, com ainda mais celeridade e eficiência. O prédio que abriga o Fórum Cível de Curitiba é criticado, mas os planos para a construção de um novo não avançam. Que atitudes pretende tomar em relação à infraestrutura?
A adequação do projeto arquitetônico do Centro Judiciário foi contratada. A obra é importante para a melhoria dos serviços judiciários à sociedade e das condições de trabalho dos operadores do direito. No interior, quero construir novos fóruns e melhorar os existentes. Os servidores técnicos do 1.º grau de jurisdição estão reivindicando equiparação salarial aos do 2.º. É possível que isso ocorra?
A remuneração dos servidores tem recebido atenção do TJ. Se eleito, as reivindicações serão examinadas visando à valorização dos servidores. O último concurso para técnico da Secretaria do TJ foi homologado recentemente, sendo que 62 aprovados foram nomeados neste mês. O senhor pretende nomear até quando os demais aprovados?
As nomeações serão feitas no decorrer do prazo de validade do concurso, de acordo com a necessidade do TJ e disponibilidade orçamentária. Há perspectivas de novos concursos?
Foi designada comissão para o concurso de analistas e técnicos judiciários de 1.º grau, que concluiremos. O concurso de juiz está em andamento. Como avalia a atuação do CNJ?
O CNJ presta relevante serviço à sociedade. Manteremos respeitoso diálogo institucional com o CNJ, de modo a aperfeiçoar o sistema de justiça, preservando a autonomia e a independência do TJ. O CNJ determinou a instalação do PJe por todos os tribunais, mas o TJ usa o sistema Projudi no 1.º grau. O senhor pretende aderir totalmente ao PJe?
A implantação do PJe no 2.º grau está em estudo no CNJ. O Projudi será mantido em 1.º grau, com a chancela do CNJ, que reconhece sua qualidade. O PJe e o Projudi são compatíveis. A integração será gradual, conforme Resolução 185 do CNJ, e depende do desenvolvimento do sistema. Quais ações estão programadas para fortalecer o 1.º grau de jurisdição?
Para fortalecer o primeiro grau, vamos priorizar pessoal, infraestrutura e gestão, através da valorização, da capacitação e da motivação das pessoas que compõem a instituição, de investimentos em tecnologia, equipamentos e novos fóruns e de planejamento estratégico no desenvolvimerto das atividades. É preciso olhar para o presente e para o futuro, para conhecer o hoje e se preparar para o amanhã. Assim se constrói uma base sólida que refletirá na melhor prestação jurisdicional à sociedade paranaense. Por que o senhor deve ser eleito presidente do TJ-PR?
Sinto-me preparado para dirigir o TJ. Tenho fé na justiça e sempre considerei o Poder Judiciário uma instituição sagrada. Conheço a magistratura de nosso estado e sei de seus anseios, preocupações e necessidades. Sou magistrado há mais de 30 anos e, como todos, dedico minha vida à prestação jurisdicional com celeridade e eficiência. Entendo que neste momento tenho condições de dar minha contribuição de modo mais direto à administração do Poder Judiciário do Estado do Paraná, no exercício da presidência, em seguimento ao trabalho desenvolvido pelas administrações anteriores.
Como vai ser o seu relacionamento com a imprensa?
A liberdade de expressão é assegurada pela Constituição. Tenho grande respeito pela imprensa. Manteremos relacionamento franco e aberto, inclusive para aproximar a população do Poder Judiciário. Quero contar com a imprensa, que desempenha papel relevante perante a sociedade, no apoio e na divulgação de ações conciliatórias e de projetos sociais.
Luiz Carlos Gabardo, desembargador do TJ-PR, graduado em direito pela Faculdade de Direito de Curitiba. Ingressou na magistratura em junho de 1984. Foi juiz em Goioerê, Pinhão, Engenheiro Beltrão, Santo Antônio do Sudoeste, Rio Negro, Maringá e Curitiba. Atuou como juiz auxiliar da presidência de 2001 até 2004. Promovido a juiz do Tribunal de Alçada em fevereiro e a desembargador do TJ-PR em dezembro de 2004.