O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Felix Fischer solicitou parecer do Ministério Público Federal sobre o pedido de liberdade provisória feito pela defesa de Antonio Bento da Silva, preso em flagrante na última quarta-feira (3) ao supostamente tentar subornar uma testemunha do mensalão do DEM de Brasília.

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Bento seria emissário do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM). Ele foi preso pela Polícia Federal ao entregar uma sacola com R$ 200 mil ao jornalista Edmilson Edson dos Santos, conhecido como Edson Sombra.

O advogado de Bento, Ely Lopes Nascimento, entrou com o pedido de liberdade no STJ na sexta-feira (8). Segundo depoimento de Sombra à PF, Bento teria sido escolhido pelo governador para intermediar o suborno. O jornalista receberia R$ 1 milhão, conta garantida no Banco de Brasília e verba para o jornal do qual é dono, em troca de vídeos que comprometessem o ex-governador Joaquim Roriz (PSC).

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Sombra também teria de assinar um documento afirmando serem falsas as imagens divulgadas pelo ex-secretário de Relações Institucinais Durval Barbosa- quem delatou o suposto esquema de distribuição de propina a aliados de Arruda.

Em depoimento à Polícia Federal, Bento confirmou que entregou dinheiro a Sombra. Ele afirmou, no entanto, que a articulação foi feita por Rodrigo Arantes, sobrinho e secretário particular do governador. Arantes pediu demissão do governo.

O escândalo de corrupção no DF, conhecido como mensalão do DEM de Brasília, veio tona no dia 27 de novembro, quando a PF deflagrou a Operação Caixa de Pandora. As denúncias envolvem o governador do DF, o vice dele, Paulo Octávio (DEM), deputados distritais, empresários e integrantes do governo.